Na construção civil, evitar a umidade e a infiltração de água é fundamental para a manutenção das edificações. Afinal, elas geram diferentes patologias, algumas passíveis de correção, outras não, levando ao prejuízo. Para prevenir ou tratar das que têm solução, importa conhecer os tipos de impermeabilização existentes.
Continue neste conteúdo para saber quais são os principais deles e suas características!
O que é impermeabilização?
Para falar sobre os tipos de impermeabilização, é preciso entender o que ela é. A impermeabilização se caracteriza pelo processo de aplicar produtos em uma estrutura para impedir a infiltração de líquidos, como a água.
É por meio dela que se previne as patologias que acontecem na construção, decorrentes da umidade. Por exemplo, mofo, eflorescência, vesículas, fissuras e outras. Esse processo é importante para impedir tanto danos internos como externos.
O que promove a impermeabilização são os impermeabilizantes, que agem criando uma barreira nas estruturas, para evitar a penetração de água. Ele ajuda a fechar qualquer abertura que possa levar à passagem dela.
Como é o processo para impermeabilizar?
Primeiro, é preciso analisar a edificação para entender quais são suas necessidades e assim definir os tipos de impermeabilização a se utilizar.
Após a definição, é tempo de investir em soluções de impermeabilização, que devem observar altos padrões de qualidade, ou podem gerar problemas futuros por não cumprirem sua função.
Como impermeabilizantes em mãos, faz-se sua aplicação, que deve considerar fielmente as instruções de uso. Do contrário, também podem surgir problemas decorrentes da sua má aplicação.
Ao final do processo de aplicação, e aguardando o devido tempo de cura dos materiais, é fundamental realizar o teste de estanqueidade.
Esse teste consiste na utilização de água limpa para molhar o local por 72 horas, de forma que qualquer sinal de infiltração apareça.
Se não aparecer, isso indica aplicação correta do produto, mas se houver sinal de infiltração, todo o procedimento precisará de refação.
Quais são os principais tipos de impermeabilização?
Após compreender o que é a impermeabilização, para que serve e como funcionam os impermeabilizantes, é possível aprofundar um pouco mais, para conhecer os tipos de impermeabilização mais comuns. São eles:
Impermeabilização rígida
A impermeabilização rígida é caracterizada por materiais com baixa porosidade e alta estanqueidade, mas com pouca flexibilidade/elasticidade.
Essa falta de flexibilidade faz com que todos os sistemas de impermeabilização rígida não tolerem movimentações térmicas ou cargas mecânicas. Mas ele oferece alta durabilidade a estruturas estáveis.
Além disso, os sistemas rígidos oferecem muita proteção, reduzindo as chances de surgirem patologias e são de fácil aplicação.
Outra das características dos materiais utilizados nesse tipo de impermeabilização é que são geralmente mais baratos, proporcionando uma vantagem orçamentária.
A seguir, conheça os sistemas de impermeabilização rígida mais comuns no mercado!
Resina epóxi
A resina epóxi é um composto químico resistente, fácil de aplicar e que adere bem ao concreto. Após a aplicação, ela forma uma membrana transparente e fina sobre a superfície.
Geralmente, utiliza-se esta resina em locais que precisam de limpeza constante, exigindo maior resistência. O sistema de impermeabilização rígida com epóxi é fácil de manter e durável, além de proporcionar a ausência de emendas e juntas.
No entanto, ele perde suas propriedades diante da exposição a intempéries, de modo que sua aplicação é indicada para áreas internas. Além disso, deve-se fazer a aplicação do epóxi com mão de obra especializada, o que acaba influenciando no valor.
Aditivos hidrófugos
Aditivos hidrófugos são aqueles que se incorporam à argamassa para fazer com que ela fique impermeável. Sua utilização se dá durante a construção, porque reformar um local para utilizá-lo depois pode ser muito oneroso.
Como os demais sistemas de impermeabilização rígida, o ideal é utilizar os aditivos hidrófugos em áreas com baixa movimentação térmica. Os aditivos também não necessitam de mão de obra especializada, além de serem produtos de baixo custo.
Contudo, pode haver falhas em sua execução que comprometam os seus efeitos e repará-las é inviável.
Flexível
Outro dos tipos de impermeabilização é o flexível, que se trata de um grupo de materiais específicos para áreas sujeitas a fissuras e intempéries.
Ao contrário dos sistemas de impermeabilização rígidos, os que compõem a categoria flexível, são altamente resistentes a movimentações e vibrações da estrutura.
Por suas características, eles servem como proteção especialmente das áreas externas, já que elas têm chances maiores de apresentar fissuras devido ao movimento das estruturas.
A seguir, conheça os sistemas de impermeabilização flexível mais comuns no mercado!
Argamassa polimérica
A argamassa polimérica pode ser encontrada na versão rígida, mas ela também faz parte dos sistemas de impermeabilização flexível. Ela se caracteriza pela mistura de cimentos especiais com polímeros impermeabilizantes e aditivos.
Ela se trata de um material versátil, com utilização que abrange diversas estruturas internas e externas. É possível utilizá-la antes de pinturas ou em pisos de áreas molhadas, antes da aplicação da argamassa de assentamento.
Como não exige mão de obra especializada, é de fácil e rápida aplicação. Mas ela não oferece eficiência em conferir durabilidade às estruturas, nem resistência diante de movimentações térmicas.
Poliuretano (PU)
O poliuretano é um polímero que se assemelha a uma espuma e é utilizado na composição de muitos produtos, além de ser um impermeabilizante. Para cumprir essa função, aplica-se o PU em áreas molhadas, piscinas, tanques e outros.
A aplicação do produto, que apresenta boa resistência química, é rápida e não exige a realização de obras. Apesar disso, é preciso mão de obra especializada para fazê-lo e a utilização de um revestimento superficial, para promover a resistência ao tráfego.
Emulsão asfáltica
A emulsão asfáltica, como o próprio nome diz, caracteriza-se por uma composição asfáltica misturada à água (tinta asfáltica).
Sua aplicação se dá a frio na superfície, com um reforço de tela poliéster, além de precisar de revestimento para adquirir resistência mecânica.
Outra de suas características é a baixa durabilidade e o curto período de garantia, que não costuma passar de 24 meses.
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