A iluminação como elemento da neurociência na arquitetura é muito importante, influenciando diretamente o comportamento, as emoções e os processos cognitivos das pessoas.
Ela interfere no ritmo com o qual as pessoas realizam atividades diárias e especialmente no ciclo circadiano, que regula o padrão de sono e vigília.
A maneira como a luz é projetada em um ambiente pode impactar significativamente o bem-estar, a produtividade e a saúde das pessoas que o ocupam.
Por isso, compreender sua influência é essencial para criar espaços que promovam uma melhor qualidade de vida.
Para descobrir como trabalhar a iluminação de forma favorável em projetos arquitetônicos, continue acompanhando este conteúdo!
Ciclo circadiano
O ciclo circadiano é o ritmo biológico do corpo, que dura aproximadamente 24 horas e regula as funções fisiológicas ao longo do dia. Esse ciclo determina quando se tem energia para realizar atividades, como comer ou trabalhar, e quando é preciso descansar.
No centro desse processo está o hipotálamo, uma pequena área do cérebro responsável por responder à quantidade de luz que uma pessoa recebe.
Quando os olhos percebem a luz do dia, sinais são enviados ao hipotálamo. Este, por sua vez, estimula a glândula pineal a produzir cortisol, o hormônio que mantém as pessoas alertas e ativas.
Conforme o dia avança e a luz natural diminui, o hipotálamo sinaliza à glândula pineal para liberar melatonina, conhecida como o hormônio do sono, que prepara o corpo para o descanso.
Esses processos químicos são essenciais para a manutenção de um ciclo circadiano saudável e, consequentemente, para a saúde física e mental.
Por esses motivos, a iluminação é um ponto de trabalho fundamental na neuroarquitetura, já que sua má aplicação pode gerar problemas de sono, de humor e prejudicar na realização de atividades simples do dia a dia.
Como trabalhar a iluminação
Compreendendo a importância do ciclo circadiano, é essencial pensar na iluminação como elemento da neurociência na Arquitetura. Assim, é preciso buscar formas de trabalhá-la de maneira que beneficie as pessoas.
Um ambiente com excesso de luzes artificiais pode impactar negativamente a rotina de alguém, se essas luzes possuírem espectros e intensidades diferentes da luz solar.
Isso pode causar distúrbios do sono e afetar o metabolismo, dentre outros prejuízos, uma vez que o corpo pode interpretar a iluminação artificial como um sinal para continuar em estado de alerta, mesmo quando deveria estar em repouso.
Para mitigar esses efeitos, é possível combinar luz natural e artificial de forma estratégica.
A utilização de portas e janelas de vidro, por exemplo, permite a entrada máxima de luz solar, enquanto espelhos posicionados em locais estratégicos podem refletir e maximizar essa luz.
Escolher cores claras para as paredes também ajuda a refletir mais luz, tornando os espaços mais iluminados de forma natural.
Além disso, a utilização assertiva das diferentes temperaturas de luz para cada ambiente, de acordo com sua função, e reconfigurar o layout do espaço para otimizar o aproveitamento da luz pode ser uma solução eficaz para a promoção de um ambiente mais saudável e equilibrado.
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