A neurociência estuda como o cérebro humano funciona, incluindo a forma como ele responde a diferentes estímulos sensoriais, como as cores, que impactam diretamente nas pessoas. Por isso, é preciso utilizá-las com cautela em projetos arquitetônicos. Ao compreender a psicologia das cores e a neuroarquitetura, é possível criar ambientes que promovam bem-estar e atendam às necessidades emocionais e funcionais dos seus ocupantes.
Para compreender os efeitos das cores e como utilizá-las de maneira mais eficaz, continue acompanhando este conteúdo!
Entenda a influência das cores
É possível dividir as cores em quentes e frias, conforme suas características e sensações que provocam nas pessoas. Pode-se classificá-las da seguinte forma:
Cores quentes
São o vermelho, laranja, amarelo e suas variações. As cores quentes são assim chamadas porque estão associadas ao calor e à energia.
É possível identificá-las por sua proximidade ao vermelho no espectro de luz visível, o que lhes confere uma sensação de dinamismo, movimento, euforia, agitação, alegria e alerta.
Por causa disso, utilizam-se frequentemente tons de vermelho, laranja e amarelo em cozinhas e salas de jantar para incentivar a convivência e o apetite. Já em escritórios, cores quentes podem ser uma boa escolha para áreas de brainstorming e espaços de colaboração.
No entanto, é importante equilibrar o uso de cores quentes, para evitar que o ambiente se torne excessivamente estimulante, podendo chegar a ter impacto negativo no comportamento e bem estar.
Aplicar essas cores em pontos estratégicos, como uma parede de destaque ou detalhes decorativos, e combiná-las com móveis e elementos de cores neutras pode criar um ambiente harmonioso sem sobrecarregar os sentidos.
Cores frias
Compõem-se do azul, verde, roxo e suas variações. As cores frias são associadas ao frescor e à tranquilidade, estando mais próximas do azul no espectro de luz. Elas são conhecidas por provocar calma, serenidade, relaxamento, paz e introspecção.
Essas cores são ideais para quartos, banheiros e outros espaços onde o objetivo é promover descanso e bem-estar.
Contudo, como cores frias podem criar uma sensação de distanciamento ou até mesmo frieza, é importante adicionar elementos que trazem aconchego ao ambiente. Por exemplo, mantas, almofadas, cortinas e carpetes.
A relação entre cores e frequência
As sensações provocadas pelas cores estão diretamente relacionadas à frequência de suas ondas de luz e ao modo como essas ondas afetam o sistema nervoso.
Cores com frequências mais altas, como o vermelho, tendem a estimular a mente. Já as cores com frequências mais baixas, como o azul, promovem o relaxamento.
Contudo, embora as cores sejam divididas em quentes e frias, cada uma delas tem um impacto único, influenciando as pessoas de diferentes maneiras. Veja alguns exemplos a seguir:
- vermelho: excitação, ação, energia;
- laranja: entusiasmo, criatividade, sociabilidade;
- amarelo: otimismo, alegria, atenção;
- verde: equilíbrio, calma, frescor;
- azul: tranquilidade, confiança, serenidade;
- roxo: introspecção, espiritualidade, mistério.
Entender a relação entre a psicologia das cores e a neuroarquitetura é essencial para criar projetos que promovam o bem-estar físico e psicológico, para além da composição de ambientes apenas esteticamente agradáveis.
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